Choque elétrico: conheça os efeitos e saiba como se prevenir

Sem dúvidas, você já tomou um choque elétrico durante alguma de suas rotinas domésticas. O susto é inevitável e a sensação de perder o controle sobre o próprio corpo é uma angústia ainda maior. O assunto é importantíssimo, já que a eletricidade é uma energia muito utilizada em nosso dia a dia e as consequências de um choque podem ser mortais. Por isso, este artigo traz informações que devem servir para seu conhecimento e prevenção contra choques. 

Antes de mais nada, é importante saber que o choque elétrico é a reação do nosso organismo quando uma corrente elétrica contínua ou alternada passa por ele. O que determina as consequências e alterações em nosso corpo são a duração e, principalmente, a intensidade do choque. Essa intensidade tem relação direta com a intensidade da corrente, que quanto maior for, mais danos pode causar.       

Para não se confundir, você precisa saber que intensidade é diferente de tensão elétrica. Enquanto a tensão mede, em Volts, a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, a intensidade de uma corrente elétrica mede, em Ampère, a carga elétrica que atravessa a secção reta de um condutor na unidade de tempo. A teoria é difícil, né? Mas calma. O importante é você saber que a amperagem é mais relevante do que a voltagem quando se trata da intensidade de um choque elétrico. 

Com essas informações, você já pode imaginar a proporção dos riscos antes de mexer com a eletricidade, ainda mais, se a amperagem for alta. Afinal, uma corrente de 1 miliAmpère (mA) pode ser pouco percebida pelo organismo, sem trazer riscos para a saúde, mas o choque elétrico de uma corrente de 10mA, pode deixar a mão da pessoa presa ao condutor, pela perda do controle muscular, além de causar riscos à saúde. Já a corrente elétrica considerada a máxima suportável pelo corpo é a de 16 mA, com choques e consequências mais graves.

Além desse limite, as chances de sobrevivência são mínimas. Pois correntes entre 20mA e 3A, já causam choques que podem levar à parada cardíaca, com riscos fatais. Outra questão que aumenta a gravidade do choque elétrico é se a corrente atravessa a região torácica, pela possibilidade de comprometer seriamente o coração e os órgãos do aparelho respiratório.  

As consequências variam sempre de acordo com a intensidade. Em alguns casos, ocorre dormência, ardência, perda da sensibilidade na pele, formigamento, mal-estar, câimbras, náuseas e tontura. Já nos casos mais intensos, ocorre disritmia cardíaca, dificuldade de respirar, parada cardíaca ou respiratória e até a morte.

Além disso, podem ocorrer queimaduras, pois mesmo que a pele humana seja um isolante de boa resistência às correntes elétricas, isso pode mudar se ela estiver molhada ou conforme o tamanho da área em contato com a corrente. Quedas também costumam acontecer numa situação de choque elétrico e, infelizmente, elas diminuem as chances de a pessoa sobreviver. Em muito casos, a morte só acontece em decorrência da queda.

Por isso, é importante se prevenir do risco de levar um choque. Se for fazer algum reparo, reforma, ou trocar a lâmpada ou a resistência do chuveiro elétrico, é altamente recomendado desligar a chave geral. E como o perigo pode estar em qualquer fio decapado, é bom nunca encostar, nem deixar que outras pessoas cheguem perto, se a energia estiver ligada. 

Também nunca use secadores, pranchas e ferros de passar se estiver com os pés descalços num ambiente úmido. Cubra as tomadas com protetores especiais para que as crianças não coloquem os dedos ou outros objetos nos furos de encaixe. Aliás, mantenha crianças e animais sempre longe dos cabos de força, pois eles podem morder os fios é retirar a capa protetora.

É isso. Agora você já conhece os efeitos e como se prevenir dos choques elétricos. Então mantenha o cuidado e, se tiver alguma dúvida, comente para que possamos responder.